A vida pulsa em teu peito
e queres galopar por ela como se foras sempre moça.
E soltas ideias ao vento
por entre as janelas do tempo.
Então,
dentro de ti se misturam
sonhos; de ontem, de hoje,
em turbilhão;
em turbilhão;
sentidos, risonhos,
aos molhos.
Revejo-me em ti
no espelho dos teus olhos,
às vezes baços,
às vezes transparentes,
por vezes tristes,
mas sempre penetrantes;
na graça dos teus braços
de gestos envolventes;
nesse porte altivo
quase sobranceiro;
nesse ar soberano
de "abelha rainha"
a que estou cativo;
nesse jeito cigano,
que quase sem motivo,
cultivas sozinha .
Cascais,23.02.1993
Joaquim Isqueiro
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