terça-feira, 16 de outubro de 2012




               A   FALA   DOS   POETAS”




A força das palavras dos poetas,
Vem-lhe da alma, ou seja donde for,
Às vezes cravos, rosas, violetas,
Às vezes fruto, de parto com dor.

Sempre moldadas de finas arestas,
Deixam no éter um rasto, um odor,
São concebidas e nascem completas,
Dum acto assumido com raiva ou amor.

Ébrias , felizes, rasgando as alturas,
Esculpidas, mas livres, mordazes, mas puras,
 Voando bem longe com asas de vento;


Breves, duradouras, como as amarguras,
Ávidas de sonhos, beijos e ternuras.
Esvaem-se ou ficam, como o sentimento.

                                                                          13 Outubro 2012
                                                                        Joaquim Isqueiro