“A FALA DOS POETAS”
A
força das palavras dos poetas,
Vem-lhe
da alma, ou seja donde for,
Às
vezes cravos, rosas, violetas,
Às
vezes fruto, de parto com dor.
Sempre
moldadas de finas arestas,
Deixam
no éter um rasto, um odor,
São
concebidas e nascem completas,
Dum
acto assumido com raiva ou amor.
Ébrias ,
felizes, rasgando as alturas,
Esculpidas,
mas livres, mordazes, mas puras,
Voando bem longe com asas de vento;
Breves,
duradouras, como as amarguras,
Ávidas
de sonhos, beijos e ternuras.
Esvaem-se
ou ficam, como o sentimento.
13 Outubro 2012
Joaquim
Isqueiro
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